domingo, 22 de março de 2015

A MULHER E A POLÍTICA PARTIDÁRIA NO BRASIL- Emancipação e Empoderamento.

O Brasil terá que se esforçar, e muito, se quiser diminuir a distância que separa homens e mulheres na sociedade. De acordo com uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, que avaliou o grau de participação da mulher em 58 países, o Brasil aparece em 51º lugar. Perde, inclusive, para países muçulmanos, geralmente mais conservadores, como Bangladesh e Jordânia. A sociedade nórdica é a que lidera o ranking, como a que faz menos diferença entre homens e mulheres.
A pesquisa analisou a atividade feminina em cinco áreas: participação econômica; oportunidade de mercado; participação política; acesso à educação, e saúde e bem-estar. As informações foram coletadas tanto em organizações internacionais, como também em órgãos oficiais de cada um dos países. A partir daí, cada um recebeu uma nota que varia de 1 a 7, sendo 7 a melhor performance.

O Brasil obteve notas extremamente baixas em todos os cinco quesitos. A pior avaliação foi em participação política, seguida por saúde e bem-estar. O país saiu-se melhor em oportunidades de mercado, o que lhe garantiu uma média final de 3,29. O melhor desempenho foi o da Suécia, que recebeu 5,53.

Segundo o relatório, impressiona o fato de que, mesmo depois de três décadas do início do movimento de emancipação da mulher, nenhum país, até hoje, atingiu a igualdade absoluta. Para os pesquisadores do Fórum, não se trata de um jogo entre os sexos, e sim de "um estágio do desenvolvimento humano e social em que direitos, responsabilidades e oportunidades individuais não são determinados por fatores como o sexo".

Como sabemos, a representação feminina no Congresso Nacional ainda é muito pequena, mesmo com a eleição da primeira mulher para a nossa Presidência. Apesar de já existir a lei nacional que reserva 30% das vagas para candidatura feminina de cada partido, pouco ainda se houve falar em candidatas eleitas, isto se, a cota for cumprida, que bem sabemos não ser. Há um entendimento de que a ausência de mulheres nessas esferas remete ao silêncio e corresponde, portanto, à ausência de representação de seus interesses. As cotas são indicadas para funcionarem como mecanismos de discriminação positiva para, combater o problema estrutural da baixa participação feminina. Outra dificuldade no caminho das mulheres é a estrutura eleitoral, em que todos os candidatos e candidatas competem com os demais pelo voto do eleitor e da eleitora. Quem decide se candidatar, precisa ter uma estrutura partidária e financeira à disposição, precisa ter acesso aos meios de comunicação, em especial ao programa eleitoral gratuito, enfim, precisa de uma base política e o acesso das mulheres a essa base ainda é muito inferior ao dos homens, infelizmente. As diferenças sexuais sempre foram valorizadas ao longo dos séculos pelos mais diferentes povos em todo o mundo. A figura feminina foi também associada à ideia de uma fragilidade maior, que a colocasse em uma situação de dependência da figura masculina, dando origem aos moldes de uma cultura machista, mesmo sabendo hoje que somos muitas responsáveis por muitos lares e independentemente financeira, além do maior interesse por aprendizados, estudos e formação. Sendo assim,  a  mulher não é esse ser tão frágil que todos pensam. Mulher tem inteligência, tem capacidade, tem garra, e muito mais,...

Portanto, a mudança mais importante e que poderá modificar a desigualdade imposta, é a transformação social das relações entre homens e mulheres.  
Como mulher, queria sentir na pele, ter esta experiência para poder compartilhar as dificuldades  e entender o porque desta diferenciação entre os gêneros dentro da política partidária. E percebi que tudo é ainda mais difícil, começando pela diferença do poder aquisitivo, dinheiro, parcerias, confiança, fidelidade,...também pela falta da própria  união feminina, diga-se de passagem,  bem diferente dos vínculos e interesses dos homens. Depois a própria forma  de ver e lidar com a política partidária, por sermos mães, esposas, filhas, procuramos fazer tudo o mais certinho possível além de não acharmos tempo, por não ver também como algo tão importante quanto ser mãe, esposa, filha,..., o jeito certinho, é a luta de não se deixar picar e contaminar pela forma muitas vezes dúbia e errônea de fazer política partidária, mantendo uma visão social, coletiva e igualitária, onde a meu ver deveria ser mantida as bases partidárias, porém nem sempre funciona assim, pelo menos não com a  maioria, pois o que vemos muito é a falta do conhecimento e interesse político, além do respeito e respaldo necessário, precisamos aprender muito ainda, ou a política em nosso país precisa mudar muito!!!!! mas o que é visível,  se fossemos uma parcela mais significativa, e se os cargos políticos fossem de 30% e não tão somente as candidaturas,  teríamos sem dúvida uma política mais humana , uma vida  mais justa, um social mais igualitário, além de oportunidades mais  honesta e digna! Esta foi é a contribuição de  minha experiência, por isso estou sempre em busca do aprendizado, da luta na elaboração de uma nova visão e uma melhor forma de participação.