A MULHER E A POLÍTICA PARTIDÁRIA NO BRASIL- Emancipação e Empoderamento.
O Brasil terá que se esforçar, e muito,
se quiser diminuir a distância que separa homens e mulheres na sociedade. De
acordo com uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, que avaliou o grau de
participação da mulher em 58 países, o Brasil aparece em 51º lugar. Perde,
inclusive, para países muçulmanos, geralmente mais conservadores, como
Bangladesh e Jordânia. A sociedade nórdica é a que lidera o ranking, como a que
faz menos diferença entre homens e mulheres.
A pesquisa analisou a atividade feminina em cinco áreas:
participação econômica; oportunidade de mercado; participação política; acesso
à educação, e saúde e bem-estar. As informações foram coletadas tanto em
organizações internacionais, como também em órgãos oficiais de cada um dos
países. A partir daí, cada um recebeu uma nota que varia de 1 a 7, sendo 7 a
melhor performance.
O Brasil obteve notas extremamente baixas em todos os cinco
quesitos. A pior avaliação foi em participação política, seguida por saúde e
bem-estar. O país saiu-se melhor em oportunidades de mercado, o que lhe
garantiu uma média final de 3,29. O melhor desempenho foi o da Suécia, que
recebeu 5,53.
Segundo o relatório, impressiona o fato de que, mesmo depois de
três décadas do início do movimento de emancipação da mulher, nenhum país, até
hoje, atingiu a igualdade absoluta. Para os pesquisadores do Fórum, não se
trata de um jogo entre os sexos, e sim de "um estágio do desenvolvimento
humano e social em que direitos, responsabilidades e oportunidades individuais
não são determinados por fatores como o sexo".
Como sabemos, a representação feminina no Congresso Nacional ainda
é muito pequena, mesmo com a eleição da primeira mulher para a nossa
Presidência. Apesar de já existir a lei nacional que reserva 30% das vagas para
candidatura feminina de cada partido, pouco ainda se houve falar em candidatas
eleitas, isto se, a cota for cumprida, que bem sabemos não ser. Há um
entendimento de que a ausência de mulheres nessas esferas remete ao silêncio e
corresponde, portanto, à ausência de representação de seus interesses. As
cotas são indicadas para funcionarem como mecanismos de discriminação positiva
para, combater o problema estrutural da baixa participação feminina. Outra
dificuldade no caminho das mulheres é a estrutura eleitoral, em que todos os
candidatos e candidatas competem com os demais pelo voto do eleitor e da
eleitora. Quem decide se candidatar, precisa ter uma estrutura partidária e
financeira à disposição, precisa ter acesso aos meios de comunicação, em
especial ao programa eleitoral gratuito, enfim, precisa de uma base política e
o acesso das mulheres a essa base ainda é muito inferior ao dos homens,
infelizmente. As diferenças sexuais sempre foram valorizadas ao longo dos
séculos pelos mais diferentes povos em todo o mundo. A figura feminina foi
também associada à ideia de uma fragilidade maior, que a colocasse em uma
situação de dependência da figura masculina, dando origem aos moldes de uma
cultura machista, mesmo sabendo hoje que somos muitas responsáveis por muitos
lares e independentemente financeira, além do maior interesse por aprendizados,
estudos e formação. Sendo assim, a mulher não é esse ser tão frágil que todos
pensam. Mulher tem inteligência, tem capacidade, tem garra, e muito mais,...
Portanto, a mudança mais importante e que poderá modificar a
desigualdade imposta, é a transformação social das relações entre homens e
mulheres.
Como mulher, queria
sentir na pele, ter esta experiência para poder compartilhar as dificuldades e entender o porque desta diferenciação entre
os gêneros dentro da política partidária. E percebi que tudo é ainda mais
difícil, começando pela diferença do poder aquisitivo, dinheiro, parcerias, confiança,
fidelidade,...também pela falta da própria união feminina, diga-se de passagem, bem diferente dos vínculos e interesses dos
homens. Depois a própria forma de ver e
lidar com a política partidária, por sermos mães, esposas, filhas, procuramos
fazer tudo o mais certinho possível além de não acharmos tempo, por não ver
também como algo tão importante quanto ser mãe, esposa, filha,..., o jeito
certinho, é a luta de não se deixar picar e contaminar pela forma muitas vezes dúbia
e errônea de fazer política partidária, mantendo uma visão social, coletiva e
igualitária, onde a meu ver deveria ser mantida as bases partidárias, porém nem
sempre funciona assim, pelo menos não com a maioria, pois o que vemos muito
é a falta do conhecimento e interesse político, além do respeito e respaldo
necessário, precisamos aprender muito ainda, ou a política em nosso país
precisa mudar muito!!!!! mas o que é visível, se fossemos uma parcela mais significativa, e
se os cargos políticos fossem de 30% e não tão somente as candidaturas, teríamos sem dúvida uma política mais humana ,
uma vida mais justa, um social mais igualitário, além de oportunidades
mais honesta e digna! Esta foi é a
contribuição de minha experiência, por
isso estou sempre em busca do aprendizado, da luta na elaboração de uma nova visão
e uma melhor forma de participação.